Há uma lenda popular que conta que por terras de Idanha-a-Velha, há muito tempo atrás, "vivia um homem viúvo muito rico, com a mulher e uma filha do primeiro casamento. As duas não se davam e vai na volta pegavam-se. Certo dia, depois de a madrasta ter batido no cão da menina com um pau, esta decide fugir de casa. Agarrando em algumas fatias de pão, queijo e chouriço, põe um xaile aos ombros e chama o cão, e juntos saem de casa em direção a uma serra que parece o lugar ideal para se abrigarem. Chegados ao cimo, a menina repara nuns grandes penedos onde há uma gruta onde os dois podem ficar.
De manhã, a menina é acordada por uma senhora vestida de branco - "Eu sou a Nossa Senhora!" - que sorri e lhe diz que desça imediatamente à povoação e diga ao seu pai e a todos os de Idanha para abandonarem as suas casas e subirem à serra, que os mouros estão a chegar. O pai desconfia, o povo acredita, e em pouco tempo rumam à serra. Do alto veem os mouros chegar, entrar nas suas casas, mas não encontrando ninguém. Procuram os de Idanha, batem-se contra eles, mas saem derrotados, porque a serra, com as suas fragas e penhascos, protege o povo."
Depois deste episódio, começou a chamar-se à serra "Gardunha", que significa: "Guardou os de Idanha".
A Serra da Gardunha, no concelho do Fundão (distrito de Castelo Branco), é também conhecida por Guardunha, palavra árabe que significa "refúgio".
A Serra da Gardunha, no concelho do Fundão (distrito de Castelo Branco), é também conhecida por Guardunha, palavra árabe que significa "refúgio".
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